Até ao presente, os vestígios mais remotos de ocupação humana na área da Freguesia, remonta ao Neolítico, por volta de meados do 4º milénio Antes de Cristo, segundo achados soltos de machados de pedra polida, nas Pontes e no Pinheiro Torto (Gâmbia).
Devido à ecologia própria da área, toda a vasta zona da Freguesia foi recebendo impactos populacionais e culturais diferenciados ao longo dos séculos.
É possível que, dado a sua proximidade a Setúbal romana e Tróia, houvesse alguma exploração incipiente de sal na zona da Freguesia.
Os dados concretos de uma presença humana na área, só ocorrem por volta da 2ª metade do século XVI, quando a exploração do sal, importante fonte de riqueza, é incentivada pela Ordem de Santiago, instalada em Palmela.
Contudo, apesar do afazer da exploração do sal, as populações eram impedidas de ocupar toda a zona ao longo do ano, de forma permanente.
Esta nossa hipótese baseia-se num documento do século XVI, citado por Virgínia Rau, e que diz: - "qualquer pessoa, de qualquer condição que seja, sendo achada nas marinhas do termo desta villa (Setúbal), com besta, ou sem ela, furtando sal, quebrando tranqueira ou descobrindo monte de sal, nem abrindo monte de sal, pague de pena 2.000 Réis, quando não justifique a razão que teve para ir às marinhas".
Devido a fraudes então praticadas, a exploração do sal entra em decadência em meados do século XVIII.
Talvez essa decadência tenha estimulado a vinda da população para ocupar o vasto interior da Freguesia.
De início essa colonização conduzida de forma tímida foi tomando nova dinâmica, até dar a realidade cultural e económica que actualmente define a nossa terra.